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O outro lado do Natal... Boas Festas!



A época Natalicia, é por norma uma altura de confraternização, onde se tenta reunir a família para a Ceia de Natal, sendo também um dia especial, sobretudo para as crianças, com a troca de presentes. Segue-se a Festa de Ano Novo, com o tradicional brinde às doze badaladas, acompanhado de beijos e abraços. Repleto de ritos sociais, o encerramento do ano é uma época que reforça o sentimento de solidão em muitos de nós.


Até mesmo, para quem gosta de viver sozinho durante o ano inteiro, está sujeito a ser invadido por um desconforto inesperado ao perceber que não sabe com quem partilhar o bacalhau no dia 24 ou, o champanhe no dia 31 de Dezembro! O golpe de solidão que, chega com a última página do calendário, não é exclusivo de quem está, literalmente, sozinho durante as datas festivas. Há aqueles que, no meio de ruidosos encontros familiares ou empresariais, mal conseguem disfarçar o mal-estar e a sensação de inadequação.


O Natal é um período consensualmente considerado de alegria e esperanças optimistas. Por norma é assim mas, para muitas pessoas, pode ser uma época muito triste ao fazer-se acompanhar por sentimentos de solidão, desamparo e desânimo. A alegria, imposta pela sociedade, torna-se desconfortável para quem não consegue pôr de lado a angústia, o desgaste provocado pelo esforço em contemplar tudo e agradar a todos.


Tal como, o hábito (ou obrigação) de oferecer pelo Natal, presentes aos amigos e familiares, em especial às crianças, tornou-se pela sua dimensão um enorme absurdo da nossa sociedade de consumo, em detrimento dos valores afectivos. Esta situação decorre em grande parte, devido ao crescente relacionamento impessoal que, levam as pessoas a tentarem redimir as lacunas dos principais valores de relacionamento, com a oferta de presentes! Contribua para construir um Natal com menor consumo e maior afecto.


"O verdadeiro sentido do Natal não está nos presentes, mas no afecto sincero da família e dos amigos que, fazem parte do laço apertado que o coração acolhe."


A “tristeza do Natal” é comum durante o frenesim de Dezembro ao fazermos balanços e projectos. Aquela que para muitos de nós é a época mais feliz do ano, para - muitos - outros é precisamente o contrário. O Natal e os encontros de família, podem transformar-se em momentos tristes e difíceis de suportar, especialmente devido à realidade em que a maioria das pessoas vivem e sentem, sobretudo num período de crise económica, desemprego e incertezas em relação ao futuro.


Muitas vezes, o sentimento de desamparo e desânimo é provocado por datas que nos trazem lembranças tristes, seja por perdas, como a de entes queridos, separações, desemprego ou doenças. Todos esses factos provocam o que podemos chamar de tristeza natural. Entristecer não é deprimir. É a consciencialização da situação ou condição que não aquela que gostaríamos que fosse, independentemente de ser ou não fantasiosa. Afinal, todo o ser humano tem momentos de tristeza, faz parte da vida.


Porém, mesmo para quem seja difícil contornar esta quadra festiva, é importante tomar consciência de que esse sentimento é mais comum do que se imagina e de que há formas de superar a tristeza e angústia, e readquirir, pelo menos em parte, o espírito natalício. O segredo reside na capacidade de sair da ritualidade muito “litúrgica” das festas e procurar inventar novas maneiras de celebrar o Natal e o Ano Novo.


Seja capaz de mostrar que, o espírito do Natal entrou definitivamente na sua vida, através do abraço fraterno, do riso franco, do desejo sincero de ser feliz e, de tão feliz, não resistir ao desejo de fazer outras pessoas também felizes. Nesta época, seja solidário, seja FELIZ!


Um dia, todos os dias, serão como os dias de Natal.

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